"Dar um tempo". Essa frase é temida por muitos, e geralmente é ouvida em um momento não muito feliz na vida de alguém, mas a mesma frase pode ser utilizada em uma outra situação.
Cada vez mais somos cobrados em nossas vidas. Cobrados pela família, no trabalho, na escola, pelos amigos e por alguém que talvez seja o mais implacável dos cobradores: nós mesmos. Estipulamos caminhos (ou nos estipulam) e procuramos seguir aquilo que foi planejado, seja subir de cargo no trabalho, concluir um curso, arrumar um namorado (a) ou simplesmente tomar alguma atitude que, no momento, parece necessária.
Aquilo se torna o objetivo e se não é alcançado, lá vem o determinado “cobrador” questionar. É compreensível que alguém “de fora” cobre o que não aconteceu, e muitas vezes a cobrança tem como objetivo ajudar (mesmo que não ajude em nada). Mas do que adianta nós mesmos nos cobramos, às vezes com tanta crítica e dureza? Temos metas sim, sendo que algumas necessitam de muito esforço para serem alcançadas, mas já existem tantas pessoas em nossa volta, nos cobrando de "N" coisas todos os dias, que ao invés de nos juntarmos a esse clube de “carrascos” contra nós mesmos, poderíamos simplesmente parar e aceitar o fato. Não quer dizer que devemos ser um bando de estagnados que tampam os ouvidos para tudo e todos, e sim que devemos “dar um tempo” a nós mesmos às vezes.
Talvez nesse tempo, o que se espera ocorra de maneira muito mais simples, ou simplesmente não ocorra. E aí quem sabe, sem cobranças, não teria sido a melhor solução? Nem sempre dar um tempo é tão ruim...
*Talita Cruz
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Dar um Tempo
16:27
Juliana Tavares
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